Conservas De Peixe Portuguesas: História e Tradição

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As conservas de peixe tornaram-se populares em Portugal e são um símbolo emblemático da gastronomia nacional nos últimos anos. Especificamente, nas grandes cidades de Lisboa e Porto, surgiu uma série de locais que vendem não só vinho e queijo tradicionais portugueses, mas também conservas de alta qualidade.

Descubra:

Uma Breve História das Conservas em Latas

Tudo começou quando, em 1810, o francês Nicolas Appert, publicou seu método de conservação utilizando potes herméticos de vidro no livro “A Arte de Conservar Todas as Substâncias Animais e Vegetais”. Logo na sequência, o inglês Joseph-Pierre Colin adaptou a técnica e introduziu no mercado as sardinhas enlatadas. Dando inicio à produção em larga escala de alimentos enlatados na sua fábrica de conservas em Nantes, França.


As Conservas de Portugal

A conservação de peixe tem uma longa tradição em Portugal. O método de conservação de peixe em sal marinho foi introduzido na Península Ibérica durante a Idade do Ferro, e foi utilizado pelos fenícios, gregos, seguidos pelos romanos. Ruínas ao longo da costa, tais como potes de ânfora de barro romanos descobertos em Peniche, revelam provas de uma próspera indústria de peixe salgado na altura.

A primeira fábrica de conservas de Portugal (e agora a mais antiga da Europa) foi fundada em 1853 em Vila Real de Santo António. Mais tarde surgiram outras fábricas em Setúbal, Algarve, Matosinhos, para a produção de sardinhas em azeite.

Em 1862, abriram várias outras fábricas de conservas, não só de sardinhas mas também de atum e outros peixes.

O início do século XX trouxe nova tecnologia, incluindo as primeiras máquinas de selagem de latas que racionalizaram os negócios e permitiram a abertura de mais fábricas, produzindo tanto para o mercado local como internacional.

Anos depois, impulsionado pelas duas grandes guerras, Portugal expandiu consideravelmente a sua produção, abastecendo os países da Europa e seus soldados com um alimento fácil de transportar, nutritivo e de longa validade.

Em 1983 Portugal tinha 152 fábricas de conservas, produzindo mais de 34.000 toneladas de conservas de peixe por ano e era um dos maiores exportadores de conservas de peixe.

No final dos anos 80 e início dos anos 90 o negócio das conservas sofreu uma grande quebra , com numerosas fábricas e fabricantes a fecharem as suas portas.

A crise económica dos últimos anos atingiu Portugal de uma forma severa, mas houve quem também a tivesse visto como uma oportunidade. O valor económico e prático das conservas de peixe permitiu que o custo das latas de atum ou sardinha fossem uma opção de refeição rápida e fácil, e bastante acessível.

Para além disso, as conservas de peixe são uma opção bastante saudável. Tanto o atum como a sardinha são uma grande fonte de ácidos gordos, tal como a Omega 3, e carregados com vitaminas e minerais, especialmente quando confeccionadas em sal marinho e conservados em azeite.

O Renascimento da Moda das Conservas

As Conservas com um ar “vintage” ou com o design único viraram um ícone da indústria portuguesa e um símbolo da cultura gastronómica do país.

Com a exploração e intensificação do turismo em Portugal, as conserveiras reinventaram-se, com a criação de novos produtos de alta qualidade, linhas de produtos gourmet, com um packing cuidado que conquistaram os estrangeiros.

De Norte a Sul de Portugal, foram inauguradas Loja de Conservas, onde o consumidor pode fazer uma viagem gastronómica pela diversidade e exclusividade de algumas conservas de peixe e provar vários petiscos preparados com conservas nacionais.

Recentemente, entraram no mercado das conservas um novo mundo de sabores criados por chefes de cozinha de renome, tais como Vitor Sobral, Noélia Jerónimo, Henrique Sá Pessoa e muitos outros.


Patés de Peixe

Patés ou pastas são preparações culinárias cremosas, à base de carne, de peixe ou de vegetais, muitas vezes com vários condimentos, que são consumidas, quer como entrada duma refeição, quer como um produto para comer com pão ou biscoitos, ao pequeno almoço ou ao lanche.

A palavra paté vem do francês pâté, que significa pasta. Aplica-se a qualquer preparação pastosa feita com carnes, peixes, aves e legumes.

Tradicionalmente, os “patés” franceses eram uma mistura de carnes, por vezes apenas cortadas finas, temperos e um ingrediente para manter a mistura firme, como ovos ou farinha, que era cozinhada no forno, seja diretamente num prato adequado (o “paté en terrine”), seja dentro duma massa, que podia ser apenas de fatias de pão embebido nalgum produto, para não queimar (o “paté en croûte”).

Modernamente, é comum encontrar receitas de patés que têm como base a maionese ou algum tipo de queijo cremoso, misturadas com carne pré-cozinhada, peixe enlatado, ervas aromáticas ou outros temperos. Para além destas receitas caseiras, são frequentes os “patês” de sardinha, atum ou anchovas


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